Quatro meses depois de enviar aquela carta em que acusava Dilma de sabotar o PMDB (“verba volant, scripta manent”), o vice-presidente Michel Temer fez a Britney Spears e, “oops, did it again”: divulgou –por acidente, segundo sua assessoria– um áudio de cerca de 15 minutos em que fala como se o impeachment da presidente já tivesse sido aprovado. A notícia, furo da repórter da Folha Daniela Lima, pode ser lida aqui, com o áudio do discurso.
O Twitter, naturalmente, fez a festa:
Temer, já cansei de receber Oscar e dar entrevista pro Jô no chuveiro. Sei como é isso. https://t.co/wyZB2cbyHw via @folha_com
— Fefa Peres (@fefaperes) 11 de abril de 2016
a parte do áudio em que o temer fala que até já contratou o social media pra administrar o perfil “temer bolado” foi a mais chocante
— João Luis Jr. (@joaoluisjr) 11 de abril de 2016
meu deus do céu o temer num RESPIRA to na metade do audio e ele num deu uma pausa até agora ele é o fidel castro
— Mª de Lurdes Belém (@lurdsmila) 11 de abril de 2016
Os mais antigos, incluindo este dinossauro que vos escreve, lembraram-se da campanha à Prefeitura de São Paulo em 1985, quando Fernando Henrique Cardoso, então no PMDB, sentou-se na cadeira do prefeito antes da votação.
O vencedor daquele pleito, como se sabe, foi Jânio Quadros –que “desinfetou” a cadeira ao tomar posse, alegando que ela havia sido ocupada por “nádegas indevidas”. Será o áudio de Temer, como diz um amigo, a “sentada na cadeira” da era do WhatsApp?