O Cristo é como quem foi visto subindo ao céu

Por Rogério Ortega

É provável que a revista britânica “The Economist” já tenha estampado o Cristo Redentor em sua capa mais vezes que a revista da Arquidiocese do Rio de Janeiro. Em 2009, foi o Cristo decolando, como símbolo dos bons números da economia brasileira naquela época. Em 2013, foi a vez do Cristo-foguete em trajetória de queda, com a pergunta “O Brasil estragou tudo?”. Hoje, em meio à crise política e econômica e às vésperas de uma Olimpíada, o monumento pede socorro.

À esq., a capa da "Economist" em 2009; à dir., em 2013. (Foto: Reprodução)
À esq., a capa da “Economist” em 2009; à dir., em 2013. (Foto: Reprodução)

Não pretendo sugerir, é claro, que a revista passe a usar a gloriosa estátua do Borba Gato para simbolizar o Brasil. Meu medo é que, dependendo de como a crise avançar, a próxima “capa do Cristo” na “Economist” seja algo parecido com a cena final de “O Planeta dos Macacos”.

(Reprodução/YouTube)
(Reprodução/YouTube)