A PGR e o ataque dos clones

Por Rogério Ortega

Cheguei à conclusão de que o cargo de procurador-geral da República é o mais perigoso do Brasil. É tão perigoso e mexe com interesses tão poderosos que, nos últimos anos, os critérios de escolha –além do saber jurídico e da carreira no Ministério Público– incluem ser sósia de alguém. Se alguém quiser atentar contra o procurador-geral, nunca vai saber se o alvo foi ele mesmo ou o seu clone.

É claro que, se eu fosse um doppelgänger de Rodrigo Janot, tomaria a mesma precaução adotada pelo simpático senhor da foto abaixo:

Mas não pensem vocês que cada procurador-geral da República tem direito a apenas um clone. Este é o procurador-geral do Estado de Rhode Island, nos EUA (também via @MoniqueCheker):

Rhode Island

E, como vocês hão de se lembrar, era impossível ter plena certeza de que o antecessor de Janot na PGR, Roberto Gurgel, era ele mesmo e não aquele humorista que apresenta um talk show. Uooou!

"Eu conversei aqui com o ex-presidente José Sarney..." (Foto de Lula Marques - 22.nov.2012/Folhapress)
“Eu conversei aqui com o ex-presidente José Sarney…” (Foto de Lula Marques – 22.nov.2012/Folhapress)