Na madrugada desta quinta (14/7), o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) –que compõe com o pai, o ex-prefeito do Rio Cesar Maia, a dupla Bibo Pai & Bobi Filho da política brasileira– foi eleito presidente da Câmara dos Deputados, para cumprir um mandato-tampão até fevereiro de 2017.
A julgar pelas análises políticas e pelos comentários nas redes sociais, está cada vez mais difícil explicar a política brasileira sem encher a explicação de “mas”, “porém”, “contudo” e “todavia”:
1) A vitória de Maia, dizem, foi derrota de seu antecessor, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que renunciou ao cargo e ainda pode ser cassado. Porém (“ai, porém…”) Maia já disse que não vai “perseguir nem proteger” Cunha. 2) O deputado do DEM votou a favor do impeachment de Dilma Rousseff; no entanto, foi apoiado por setores do PT na votação na Câmara. 3) A cúpula do PT chama de “golpista” o governo de Michel Temer; contudo, tentou emplacar o ex-ministro Marcelo Castro, do PMDB de Temer (e fracassou; Castro não obteve mais do que 70 votos em 513).
Com toda essa confusão, vocês estranham que até o novo presidente da Câmara precise de calmantes para segurar a onda? Eu não. E, conforme o discurso dele, um só não foi suficiente:
“Eu tomei três calmantes” pic.twitter.com/2U8DIPqkPv
— Reality Social (@RealitySocial) 14 de julho de 2016
Rodrigo Maia nem tá com a cara de quem tomou 3 calmantes pic.twitter.com/r26poU4KwC
— Capeta (@srdeabo) 14 de julho de 2016
Tomou 3 calmantes vamos esperar a capa das revistas semanais sobre o desequilíbrio
— teclologoexisto (@teclologoexisto) 14 de julho de 2016
presidente da câmara sob efeito (confirmado) de calmantes. normal, se levar em conta que a presidenta também fazia uso de olanzapina
— kotyachy (@kotyachy) 14 de julho de 2016
O cara agradece ao PC do B e diz que tomou três calmantes só pra discursar hoje.
É O SENHOR BANANA pic.twitter.com/gMgCjEXKjF
— Paulo (@pauloap) 14 de julho de 2016
Mas vejam que, apesar do nervosismo, esses deputados todos ainda têm emprego. Os mais de 11 milhões no país que não têm devem precisar de muitas arrobas do chamado boi da tarja preta.